Posts com Tag ‘Kurt Cobain’

A Cler Oliveira, editora do Hit Na Rede, e o Carlos Lopes, editor de O Martelo, viram badalados filmes sobre Kurt Cobain e, em seus devidos blogs, deixaram suas impressões. Nós aproveitamos pra destacar um trecho de cada:

Carlos Lopes gostou de Retrato de Uma Ausência (About a Son), de A. J. Schnack

Não se toca a música do Nirvana (segundo as palavras de Cobain, a banda que misturou “o som pesadão do Black Sabbath, com baladas pop e a música dos Beatles”) e a única vez na qual as fotos (em preto e branco) da banda são exibidas é no final, para dar por encerrada a via crúcis de depoimentos, sinceros e exagerados do sujeito que fugiu da minúscula Aberdeen (Washington), na qual o pai contava toras de árvores suicidadas, para a úmida Seattle, cidade que Cobain sempre amou odiar. Texto completo em O Martelo.

Cler Oliveira não gostou de Last Days, de Gus Van Sant

O filme abusa do silêncio, das sequências longas, dos planos muito abertos, da licença poética para criar um emaranhado de cenas que saem do nada para lugar nenhum. Van Sant esquece que Kurt , além de emblemático e problemático era também carismático. Mesmo há algumas horas de cometer o suicídio  ele merecia algo mais impactante.  É no mínimo constrangedor dizer que eu estava esperando pela morte do cara achando que esta seria a melhor cena do filme. Não foi. Texto completo no Hit Na Rede.

Não vi e acho que nenhum dos GARIS DO POP viu nenhum dos dois filmes. Precisamos providenciar isso para breve.

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“Ai, vocês do LIXEIRA DO POP são tããão maus!”

Nada disso, nem! Chama-se Nobody’s Daughter (Filha de Ninguém) o disco novo do Hole, bandão da Courtney Love, que volta em grande estilo e com disquinho de inéditas, que deve ser lançado no final deste ano ou início de 2010. E grande estilo é grande estilo: tem aquela “mocinha” do 4-Non Blondes dando uma força e o Billy Corgan, do Smashing Pumpkins, trabalhando no “buraco” desde 2005. E isso não é uma novidade.

Corgan (que foi amante da Courtney na época do Kurt :O) foi parceirão no petardo Celebrity Skin (1998). Compôs algumas faixas e até tocou baixo na faixa Hit So Hard, mas nem recebeu o crédito por isso. Mas se ele não se importa, quem sou eu pra reclamar? E isso também não é exatamente uma novidade. Em 1993 o Hole apareceu com a música Old Age, no lado-b do single Beautiful Sun. Só que em 1998 o jornal The Stranger, de Seattle, conseguiu uma gravação da mesma faixa com o Nirvana. E o Krist Novoselic não apenas confirmou que a canção era do Nirvana, como revelou a data da composição: 1991. Ou seja: o Kurt dava músicas em troca de chifre. E nós é que somos maus!

Anyway, esperamos que a parceria, que já deu certo uma vez, consiga prosperar novamente, porque gostamos do Hole – ou pelo menos do que o Hole lança e jura que é próprio.

 

Há 15 anos, morria Kurt Cobain, vocalista, líder e fundador da banda norte-americana Nirvana. A versão oficial diz que ele se suicidou com um tiro na cabeça após ingerir uma dose absurda de heroína. Seu corpo foi encontrado apenas alguns dias depois. A quantidade da droga era tanta que teorias conspiratórias pipocaram aos montes após a morte do cantor. A mais conhecida – imortalizada no filme Kurt and Courtney (1998) diz que sua esposa, Courtney Love, teria mandado matá-lo.

 Mas o que podemos refletir, agora com um pouco mais de afastamento, sobre o que representou de fato Cobain e o Nirvana na curta história do rock?

Kurt é talvez a última estrela do rock na concepção “tradicional” do termo. Ele viveu rápido, morreu jovem, deixou uma obra relevante – cujos discos entram em qualquer lista decente de melhores álbuns do século – e conta com inclusive com teorias conspiratórias no melhor estilo Elvis e Jim Morrison (Será que ele estaria numa ilha paradisíaca jogando xadrez com os dois?).

 Duas questões que sempre permearam sua vida e carreira foram o sucesso e a mídia. De acordo com a biografia Heavier than Heaven (2001), Cobain foi um loser, um fracassado total durante a adolescência: teve problemas familiares, não se dava bem nos estudos, vivia de bicos e de drogas. Era o geek, o estranho o bizarro, o rejeitado pelas mulheres, pela sociedade. A música foi a forma que encontrou para expressar suas ansiedades e conseguiu através dela chegar ao sucesso. Pelo menos é isso que foi gerado a partir do mito Kurt Cobain.

 A banda começou tocando no circuito underground, mas rapidamente alcançando proporções inesperadas, tornando-se o maior grupo pop do mundo no inicio dos anos 90 ao desbancar Guns N´Roses  e Michael Jackson.  Entrava aí um conflito clássico do rock: pop x underground. “Ele se vendeu”, apontavam alguns fãs antigos.

Kurt , no entanto, sempre sonhou com o sucesso. Parece, diferente do que dizia em entrevistas, que ele o queria, o almejava, mas talvez sua idealização nada tinha haver com a forma devastadora como a mídia trata seus ídolos: primeiro joga-se ao patamar mais alto, para depois  tirar-lhes tudo. Talvez ele não soubesse que seria um prisioneiro da mídia e do modismo. Ele chegou a dizer, em várias ocasiões, que os novos fãs não o entendiam, os fãs conquistados com o segundo álbum da banda, Nevermind (1991). Foi esse disco que os consagrou, mas também foi ele que se tornou o paradoxo do qual Cobain buscou fugir posteriormente.  Chegou a dizer algumas vezes que seu sonho era apenas ser um guitarrista escondido no fundo do palco e não o frontman da maior banda do planeta. Verdade ou mentira?  A contradição era talvez sua característica mais marcante. De acordo com a biografia sobre o cantor, desde jovem ele ensaiava entrevistas e desde sempre elaborava a criação de seu próprio mito. E, talvez (mais uma vez) foi por isso que morreu; era preciso morrer para que o mito vivesse.

Do ponto de vista comercial deu certo. Ele é hoje uma das celebridades mortas que mais rendem no mundo. Ele também não teve tempo de estragar sua discografia com discos duvidosos como diversas bandas fizeram.

Ele manteve a imagem rebelde e jovem, que é a combinação perfeita da iconografia  e do elixir da juventude da cultura rock n´roll. E talvez tenha sido o último da lista que inclui Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Sid Vicious e Jim Morrison, mas será que foi melhor queimar de uma vez do que apagar aos poucos? Ou seria melhor ele ter abandonado tudo e virado um novo Johnny Cash – se apresentando solitário com um violão – como tantas vezes disse que faria?

(Péssimo o trocadilho, mas enfim…)

também tá na lista!

Iggy: também tá na lista!

A versão online do New Musical Express tá fazendo uma eleição para escolher qual é o artista mais cool (legal, bacana) de todos os tempos.

Numa galeria de fotos dos 30 candidatos, o internauta (que souber inglês, ok?) pode ler uma rápida defesa de cada um, elaborada pelo próprio NME. No páreo, entre outros, Dee Dee Ramone, Keith Moon, Prince, Janis, Jimmy Page, Slash (cool!?), Kurt Cobain, Jeff Buckley, Thom Yorke, Angus Young, Ian Curtis, Jarvis Cocker, Debbie Harry, Meg White, Johnny Marr e Morrissey, o que nos faz pensar que os Smiths, em si, podem ser a banda mais cool de todos os tempos. Não?

Uma pena poder votar só em um.

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